A doença pode causar febres de até 40º. A campanha de
vacinação da Prefeitura começa dia 23 de abril e vai até 1º de junho. Vírus é o
mesmo da Gripe Espanhola de 100 anos atrás
Viroses respiratórias são das principais preocupações da
rede pública neste período. (Foto: Mauri Melo/O POVO)
Fortaleza tem 30 casos confirmados da gripe H1N1 e outros 12
ainda em investigação. As viroses que atingem o aparelho respiratório são as
que mais preocupam profissionais de saúde nesta época do ano. Durante período
de chuvas, as doenças virais são mais facilmente transmitidas devido a maior
aglomeração de pessoas em locais fechados. O resfriado e a gripe pelo vírus
Influenza A são as mais comuns, mas o vírus H1N1 também vem aparecendo nos
consultórios médicos.
Para Rui de Gouveia, gerente da célula de atenção primária
da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o que tem de ser observado são as
complicações no trato respiratório. Em um caso de resfriado, causado por vírus
comuns, o paciente deve apresentar sintomas fracos que se dissipam dentro de
alguns dias, muitas vezes sem necessidade de remédios. Já as gripes causadas
por Influenza A e H1N1 podem causar febres altas de até 40°. Além do quadro
febril, é comum manifestações de dificuldades para respirar plenamente causadas
por infecções. Observados estes sintomas, é preciso procurar atendimento
médico.
No mesmo período do ano passado, foram 132 casos de gripe
H1N1 na Capital. Rui afirma que é necessário se imunizar contra as doenças e cuidar
para que os casos não se agravem. "As pessoas devem procurar se informar
com fontes seguras sobre a gravidade de seus quadros médicos, não procurar
somente na internet". A campanha de vacinação da Prefeitura vai de 23 de
abril até 1º de junho e devem ser imunizados idosos, crianças, gestantes e
profissionais da saúde contra os principais vírus causadores de gripe.
Além da vacina, outras medidas podem ser tomadas para que o
vírus não se espalhe tanto no ambiente. "Devemos lavar as mãos
rigorosamente nesta época do ano para cortar a linha de transmissão de contato
do vírus com outras pessoas", afirma o gerente de célula. Ele conta que,
diferente do que as pessoas acham, a maior parte dos vírus viaja mais por
contato entre pessoas doentes ou secreções do que pelo ar.
Histórico
O vírus é o mesmo da epidemia mundial de 2009, que ficou
conhecida como "gripe suína". É também o mesmo da mortífera
"Gripe Espanhola", que assolou o mundo há 100 anos e matou até o
presidente da República. Porém, não se trata de tipo particularmente mortal do
vírus influenza. A mortandade de 1918 e 1919 provavelmente se deveu a lacunas
de imunização em escala global, somadas ao cenário de um mundo então em guerra.
O Povo Online
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