Circula com força em grupos de Whatsapp uma informação de
que o Banco Central teria proibido a rede bancária de receber cédulas com o
carimbo 'Lula livre'. Órgão, no entanto, desmentiu, e notas com carimbo devem
ser aceitas como qualquer outra
Desde que o ex-presidente Lula foi preso, em 8 de abril,
apoiadores do petista têm carimbado ou mesmo escrito em cédulas de dinheiro a
mensagem “Lula livre”, como uma forma de militância e resistência. Os
opositores ao ex-presidente, por sua vez, rapidamente se mobilizaram e
começaram a disseminar nas redes sociais e em grupos de Whatsapp a informação
de que o Banco Central teria proibido a rede bancária de aceitar as notas
carimbadas ou escritas.
“Se receber tais notas, os bancos, deverão chamar a polícia.
O portador estará sujeito ao enquadramento no artigo 163 do Código Penal”, diz
uma das mensagens que tem circulado com força. O “alerta” faz referência à
passagem do Código Penal que prevê pena de seis meses a três anos para aquele
que destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.
Nesta quarta-feira (2), no entanto, o próprio Banco Central
divulgou uma nota em que desmente a informação: rabiscar ou carimbar cédulas,
apesar de não recomendado, de acordo com o órgão, não as invalida. Os bancos,
portanto, podem e devem receber ou trocar cédulas com o carimbo de ‘Lula livre’
que porventura receberem.
“Cédulas com rabiscos, símbolos ou quaisquer marcas
estranhas continuam com valor e podem ser trocadas ou depositadas na rede
bancária”, diz a nota do Banco Central, que informa ainda que “as notas
descaracterizadas apresentadas na rede bancária serão recolhidas ao Banco
Central, para destruição”, mas que isso não as tira o valor.
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