Márcio França entregou flores a cabo Katia da Silva Sastre
pelo Dia das Mães.
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), fez uma
homenagem a cabo Katia da Silva Sastre, 42, que matou um ladrão na porta de uma
escola no bairro Jardim dos Ipês, em Suzano (Grande SP), na manhã deste sábado
(12).
França entregou flores à policial militar na manhã deste
domingo (13), em cerimônia no Comando de Policiamento de Área Metropolitana-4,
na Vila Esperança, zona leste de São Paulo.
"A homenagem é feita porque é Dia das Mães, e ela é
mãe", disse o governador à Folha de S.Paulo. "Ela foi a uma festa
para comemorar a data e aconteceu uma situação dessas. Ela agiu tão
precisamente, tão perfeitamente, que a gente resolveu homenageá-la",
afirmou.
"Claro, o rapaz morreu, não é o ideal. A gente gostaria
que as pessoas não morressem", disse França.
"A gente faz isso para mostrar para as pessoas mais
jovens para que elas não se aventurem com arma na mão, porque estão sujeitas a
morrer. Porque os nossos profissionais da segurança são bem treinados para
fazer a segurança pública", afirmou o governador.
A ocorrência se deu por volta das 8h. Mães e crianças
pequenas aguardavam a abertura dos portões da escola particular Ferreira
Master, que sediaria uma festa de Dia das Mães, quando foram abordadas por um
rapaz com um revólver calibre 38, que anunciou o roubo.
Enquanto ele revistava um funcionário da escola, a policial
sacou sua pistola e o atingiu com tiros no peito e na perna. O homem, então,
caiu de costas na rua, soltando sua arma na sequência. A policial foi até ele,
virando-o de bruços com o pé e rendendo-o até a chegada de socorro médico e
apoio policial.
Segundo o marido da cabo, o tenente André Alves, a arma do
suspeito disparou uma vez, mas não se sabe se antes ou depois de Katia atirar.
"O primeiro tiro ricocheteou e se perdeu. Na segunda
tentativa de disparo dele, a arma travou. Ainda bem que ela foi mais rápida do
que ele, porque quando o bandido descobre que se trata de um policial, ele
atira para matar", disse.
O tenente conta que Katia trabalha há 20 anos na polícia.
"Na nossa profissão, é necessário estarmos sempre atentos. Eu mesmo fui
baleado no braço recentemente em operação", diz Alves.
Segundo ele, a mulher está bem. "Ela está tranquila e
sabe que agiu de forma correta. Tudo acabou bem. Seria um risco se ele a
tivesse revistado antes e descobrisse que ela é policial", afirma.
Fonte: Folha de São Paulo
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