Um homem que seria “braço-direito” e sucessor do traficante
de drogas e seqüestrador Francisco Talvane Teixeira, morto em abril último, em
Fortaleza, foi assassinado na manhã desta quarta-feira (3) na cidade de
Itapipoca (a 125Km de Fortaleza). A suspeita da Polícia é de uma queima de
arquivo ou mesmo um “acerto de contas” do tráfico.
O homem, identificado apenas por Moura, foi morto, a tiros,
no começo da manhã, em sua residência, sendo atingido por vários tiros de
pistola disparados a queima-roupa. A Polícia não tem dúvidas de que ocorreu ali
uma execução sumária e busca pista dos atiradores.
Moura, de acordo com as primeiras informações, seria o
sucessor de Talvane na venda de drogas em Itapipoca após a morte do “chefão”.
Um grupo criminoso rival teria encomendado o assassinato para assumir o
território da venda de entorpecentes.
Morte do chefão
Na tarde do dia 26 de abril, por volta de 15h30, Francisco
Talvane Teixeira, 47 anos, foi morto a tiros na calçada de um restaurante no
bairro Cidade 2000, na zona Leste de Fortaleza. Na ocasião, ele estava
acompanhado de dois advogados, um deles ex-delegado da Polícia Federal.
Imagens gravadas por uma câmera de rua mostra o momento em
que quatro homens usando coletes a prova de balas e capuzes, rendem os três
homens na calçada do restaurante. Os advogados são revistados e ameaçados pelos
assassinos. Em seguida, Talvane é levado para um canto na frente do restaurante
executado sumariamente com vários tiros de pistola.
Apontado como alta periculosidade, Talvane, no entanto, era
estimado pela população de Itapipoca por impedir que outros criminosos agissem
naquela cidade. Por ordem dele, não havia roubos, assaltos ou mortes em
Itapipioca.
No dia seguinte ao crime, uma multidão acompanhou o velório
e o enterro do bandido. Duas semanas antes de ser morto, Talvane foi condenado
pela Justiça a 15 anos de prisão por crimes de homicídio e associação
criminosa. Mesmo assim, permanecia em liberdade graças a recursos judiciais
impetrados por seus advogados. Estes, acabaram testemunhando a morte do
traficante.
Jornalista Fernando Ribeiro
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