Em todo o país, 689 pessoas morreram de dengue até 12 de
outubro.
Até 12 de outubro deste ano, houve 689 mortes em decorrência
da dengue em todo o país, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico
do Ministério da Saúde, número quase 5,4 vezes maior que as 128 mortes
registradas no mesmo período de 2018.
Ao todo, foram registrados 1.489.457 milhões casos
notificados de dengue em 2019, até o 12 outubro, número cerca de 690% maior do
que os 215.585 casos de 2018. A dengue atinge até o momento 708,8 em cada 100
mil habitantes. A região com a maior taxa de incidência é a Centro-Oeste, com
1.235,8 para cada grupo de 100 mil habitantes, apesar de ter um número menor de
casos.
Os estados de Minas Gerais (482.739), onde houve 154 mortes
confirmadas, e São Paulo (442.014), com 247 mortes confirmadas, concentram 62%
dos casos prováveis. No Sudeste, a taxa de incidência é 1.151,8 para cada grupo
de 100 mil habitantes.
No período, o ano de 2019 é o terceiro com a maior
notificação de casos de dengue no Brasil desde o início da série histórica, em
1998, ficando atrás somente de 2015 (1,68 milhão) e 2016 (1,5 milhão).
Entre as possíveis causas para o avanço da dengue está a
volta de um sorotipo da doença que há anos não circulava no Brasil, conforme
destacou ontem (1) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“Tivemos a reentrada do sorotipo 2, há dois anos, e no ano
passado isso fez um estrago muito grande no estado de São Paulo, na região de
Bauru. Depois a dengue reentrou por Goiás, Tocantins – foi um número muito
grande de casos, porque o sorotipo 2 havia muitos anos não circulava no Brasil,
então agora ele volta com força total”, disse o ministro.
Outros fatores que contribuem para o retorno da doença
transmitida pelo mosquito Aedes aegypt concentram-se no aumento das chuvas em
algumas regiões e também uma menor prevenção.
Chikungunya e zika
O levantamento do ministério também reúne informações sobre
a febre chikungunya. Ao todo, os estados já contabilizavam, até 12 de outubro
deste ano, 123.407 casos, contra 78.978 do mesmo período em 2018.
Segundo o ministério, o índice de prevalência da infecção,
que também tem como transmissor o mosquito Aedes aegypti, é bastante inferior
ao da dengue: 58,7 casos a cada 100 mil habitantes. Os estados do Rio de
Janeiro (83.079) e do Rio Grande do Norte (12.206) concentram 77,2% dos casos
prováveis.
Até o encerramento do balanço, haviam sido confirmadas 75
mortes provocadas pela Chikungunya.
O boletim epidemiológico acompanha também a situação do
zika. O levantamento, nesse caso, vai até 21 de setembro, quando foram registrados
10.441 casos notificados da doença. Neste ano, o zika vírus foi a causa da
morte de três pessoas.
Recomendações
Para reduzir a proliferação do mosquito vetor das doenças, o
Ministério da Saúde aconselha a população a manter ações de prevenção, como verificar
se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Outra
recomendação é lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas
de água do animal de estimação e vasos de plantas.
Não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais
abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é outro ponto importante.
Outro hábito que pode fazer diferença é a limpeza regular das calhas, com a
devida remoção de folhas que podem se acumular durante o inverno.
(AgBr)
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