De acordo com advogado de Gustavo, DJ afirmou em depoimento
à PF que Delgatti queria negociar com o PT, mas não disse se ele falou com o
partido.
Em um depoimento de mais de quatro horas à Polícia Federal,
o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, preso ontem (23) na Operação Spoofing ,
afirmou nesta quarta-feira que Walter Delgatti Neto, seu amigo e que também se
encontra preso, tinha a intenção de vender as mensagens do ministro da Justiça,
Sérgio Moro, e de outras autoridades para o PT. O DJ, no entanto, não soube
dizer se o negócio foi concretizado e nem se Neto chegou a falar com alguém do
partido.
"Ele [Walter] falou [para o Gustavo]: 'Minha ideia é vender
[as mensagens de Sérgio Moro e outros] para o Partido dos Trabalhadores'",
afirmou o advogado do DJ, Ariovaldo Moreira. "Se ele vendeu, se ele não
vendeu, se ele entregou o material gratuitamente para alguém, isso não
sabemos", completou Moreira.
Ariovaldo disse ainda que, de acordo com Gustavo, Walter
seria afinado com as ideias do PT, embora seja filiado ao DEM desde 2007:
"O delegado questionou isso, mas o Gustavo não soube responder. O que o
Gustavo sabe é que o Walter tem uma certa afinidade com o Partido dos
Trabalhadores".
Durante o depoimento, Gustavo negou envolvimento no ataque
hacker contra os aparelhos de cerca de mil pessoas , entre eles Moro e o
ministro da Economia, Paulo Guedes, e alegou que viu as mensagens vazadas, mas
no celular de Delgatti Neto, e que ele teria ficado assustado porque aquilo
poderia "dar problema" . As mensagens em tom de alerta para o amigo,
inclusive, estariam no smartphone do DJ, que está com a polícia.
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