O pré-candidato presidencial do PDT, Ciro Gomes, iniciou
articulação para tentar compor uma aliança com o PCdoB, partido
tradicionalmente aliado do PT. Ontem, em um gesto de aproximação, o pedetista
se reuniu com a pré-candidata do PCdoB, Manuela d'Ávila. No encontro, falaram
sobre o cenário eleitoral, mas não trataram de uma composição no primeiro
turno.
A estratégia do PDT tem sido a de, neste momento, tentar
aglutinar o PCdoB e o PSB em uma espécie de frente de esquerda, facilitando um
eventual acordo, em julho, em torno de Ciro.
"Tratei com ele a necessidade de manutenção dos canais de diálogo
entre as candidaturas progressistas", disse Manuela. Ela lembrou que mantém diálogo também com o
PT e com o PSOL. "Temos de nos concentrar no que nos une, não no que nos
divide. Somos concorrentes, mas os adversários estão do outro lado",
afirmou. Mesmo com a prisão do
ex-presidente Lula, em abril, o PDT considera improvável a possibilidade de uma
aliança com o PT no primeiro turno.
Ainda assim, negocia-se um pacto de não agressão entre os
dois partidos no primeiro turno, na tentativa de que uma candidatura de
esquerda passe ao segundo turno. Na
semana passada, o governador do Maranhão, Flávio Dino, defendeu que PCdoB, PSOL
e PT abram mão de suas pré-candidaturas para apoiar Ciro Gomes. Para ele, a
multiplicidade de candidaturas ameaça o campo da esquerda de perder já no
primeiro turno. A cúpula do PDT teria
sinalizado ainda que poderá abrir mão de candidaturas a governador em Estados
onde o PSB possui nomes competitivos. Em troca, o partido quer o apoio formal dos
pessebistas à candidatura presidencial de Ciro.
Diário do Nordeste
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